BELO HORIZONTE – Minas Gerais encerrou o primeiro trimestre deste ano com alta de 5,94% no número de empresas abertas em todo o estado, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 23.444 novos empreendimentos formalizados de janeiro a março deste ano, 1.314 a mais que o volume verificado nos três primeiros meses de 2023, que foi de 22.130.
Os dados são da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg), autarquia responsável pelos registros de abertura, alteração e extinção de atos empresariais no estado.
O melhor desempenho do trimestre, proporcionalmente, foi registrado em fevereiro, com alta de 21,24% na abertura de empresas, na comparação com o mesmo mês de 2023. Pelo mesmo critério, janeiro teve saldo positivo de 6,43%, enquanto março apresentou oscilação de –6,06%.
Em números absolutos, neste ano, foram abertas 7.766 empresas em janeiro, 7.745 em fevereiro e 7.933 em março. No ano passado, foram 7.297 em janeiro, 6.388 em fevereiro e 8.445 em março.
Por atividade econômica, o setor industrial foi o que registrou a maior alta, proporcionalmente, com elevação de 7,44% no período comparado. Foram 1.170 novos empreendimentos industriais de janeiro a março deste ano contra 1.089 nos três primeiros meses de 2023.
No setor de serviços, a alta foi de 6,29%, com a abertura de 16.965 novas empresas no primeiro trimestre deste ano, contra 15.961 do mesmo período de 2023.
O setor do comércio teve aumento de 4,49%, ao formalizar 5.309 novos negócios nos três primeiros meses deste ano contra 5.081 nos mesmos meses de 2023.
Em relação aos encerramentos, 15.534 empresas fecharam as portas no primeiro trimestre do ano, uma variação de 16,69% em relação ao período comparado de 2023, quando foram verificadas 13.311 baixas. O aumento nas extinções foi puxado pelos números de janeiro (4.710), fevereiro (5.477) e março (5.347).
Ainda assim, conforme os dados da Jucemg, o número de extinções se verifica bem abaixo do número de constituições em todo o período. Em janeiro, a diferença entre aberturas e encerramentos foi de 3.056 empresas, enquanto em fevereiro foi de 2.268 e, em março, de 2.586 empresas.
“Como mostram os dados da Jucemg, nos últimos anos, o número de empresas que abrem em Minas Gerais vem sempre batendo o número de empresas que fecham. É o que se verifica também agora, em 2024, evidenciando a força econômica do Estado”, afirma Patricia Vinte.
Regiões
No acumulado do ano, as regiões que mais abriram novos negócios em proporção foram: Noroeste (18,53%), Triângulo Mineiro (11,38%), Sul de Minas (11,25%), Rio Doce (9,91%) e Centro-Oeste (6,31%). Em sequência, aparecem: Alto Paranaíba (6,08%), Central (4,56%), Jequitinhonha/Mucuri (4,13%), Zona da Mata (3,92%). O Norte de Minas foi a única região que abriu menos empresas no comparativo do período, com queda de 9,84%.
A capital do estado, Belo Horizonte, segue como o município com maior número de empresas abertas entre janeiro e março deste ano. Foram 6.286 novos negócios no período, sendo 2.134 em março.
Em seguida, seguem, no acumulado do ano: Uberlândia (1.439 no ano e 458 em março), Contagem (766 e 292); Juiz de Fora (608 e 196); Uberaba (487 e 161); Montes Claros (484 e 185); Betim (373 e 124); Divinópolis (332 e 113); Ipatinga (322 e 99) e Governador Valadares (290 e 95).
O balanço da Jucemg considera empresas de qualquer porte, com exceção dos MEIs (microempreendedores individuais), cujas inscrições são realizadas diretamente no Portal do Empreendedor do governo federal, sem passar pelas juntas comerciais estaduais.