Luiz Gonzaga Fenelon Negrinho
O questionamento é o de sempre: abordar os desafios que afligem a nação. Temas que parecem insuperáveis, afetam todas as camadas da sociedade, sem distinção entre ricos ou pobres. Muito embora se fale em tendência de otimismo quanto às expectativas de melhora no país, a verdade é que as crises não poupam ninguém e, ainda que a realidade de muitos se torne cada vez mais evidente, a busca por soluções eficazes continua a ser um tema de debate.
A educação continua como ferramenta incisiva e fundamental para a transformação social. Na visão do educador, hoje professor e polemista Cristovam Buarque, ele que também foi governador do Distrito Federal e ministro da Educação, “a educação não é apenas uma meta; é a essência da mudança que tanto precisamos. O verdadeiro cerne das nossas dificuldades reside na falta de um sistema educacional robusto, que abranja desde as áreas mais isoladas até os centros urbanos”.
Infelizmente, a classe política muitas vezes não vê a educação como prioridade. Existe um receio implícito em permitir que a população tenha acesso ao conhecimento. Cabeças pensantes desafiam coisas como são, já que um povo educado tende a ser mais crítico, exigente e capaz de reivindicar seus direitos. Para aqueles que detêm o poder, o cidadão desinformado é mais fácil de manipular. Deste modo, a ignorância se torna uma ferramenta de controle social. Quanto mais alienado o povo, melhor para governantes corruptos e desonestos, porque deles se beneficiam para seus interesses escusos.
Ainda que beire a samba de uma nota só, a solução para esses impasses, portanto, é clara. Imprescindível promover a educação em todos os níveis. Desde a educação básica até o ensino superior, afinal, temos a responsabilidade de lutar por um sistema educacional que forme cidadãos conscientes e críticos. Se não enfrentarmos as barreiras impostas pela oligarquia e pelos poderes instituídos, permaneceremos à mercê de uma sociedade que privilegia a ignorância em detrimento do crescimento coletivo.
O papel do cidadão nesse contexto é engajar-se na luta pela educação, tornando-a uma prioridade nas pautas sociais e políticas. Não se trata apenas de um investimento financeiro, mas de um compromisso moral com o futuro do nosso país. A educação é a base sobre a qual podemos construir uma sociedade mais justa, equitativa e democrática.
Assim, é vital que nos unamos em prol de uma educação de qualidade, capaz de capacitar o povo e armá-lo [no bom sentido] com o conhecimento necessário para participar ativamente da vida política e social. Só assim poderemos transformar as condições que nos oprimem e criar um futuro onde a educação seja um direito acessível a todos, consolidando um verdadeiro exercício de cidadania.
A educação é a base para o desenvolvimento de qualquer sociedade. Não apenas capacita indivíduos para obterem melhores oportunidades, mas também promove cidadania, consciência crítica e inovação.
Investir na educação é investir no futuro de um povo. Capacita indivíduos para obterem melhores oportunidades. Aumentam-se os empregos, reduz-se a desigualdade, melhora-se a saúde pública e fomenta-se a participação política em todas as esferas. Em especial, na segurança pública, na esperança de não se ter de jogar seres humanos de nenhuma ponte na casualidade de incompetências administrativas.
PS: A placa publicitária instalada num conhecido posto de abastecimento de combustíveis em Passos, na Avenida da Moda, vai além de uma falta de educação. É um escárnio a olhos vistos para autoridades educadas e obedientes à lei dizerem não!
Luiz Gonzaga Fenelon Negrinho é advogado. (luizgfnegrinho@gmail.com).