13 de fevereiro de 2025
Consultas visam identificar lesões na pele de pessoas com mais de 45 anos. / Foto: Reprodução
Vinícius Borges
PASSOS – As unidades básicas de saúde de Passos realizam, neste mês, uma campanha para prevenção do câncer de pele. O público-alvo é formado por pessoas com 45 anos ou mais. As consultas podem ser agendadas até hoje.
Desde o início do mês, por meio de consultas médicas e de enfermagem de rotina, os profissionais das unidades do Programa Saúde da Família (PSF) estão identificando pessoas com mais de 45 anos com lesões suspeitas de câncer de pele a fim de encaminhar para o Hospital Regional do Câncer, que realizará uma campanha oficial no dia 22, com um mutirão que ocorre anualmente.
De acordo com a coordenadora da Atenção Primária, Clarissa Carneiro Leão Batista, qualquer pessoa que esteja com uma mancha suspeita na pele e que tenha mais de 45 anos deve procurar o PSF de referência e agendar uma consulta para avaliação com médico ou enfermeiro.
“Nesse processo de identificação, o PSF faz somente a triagem e, caso tenha alguma lesão suspeita, nós indicamos o paciente a ir ao HRC, com o objetivo de prevenir o câncer de pele em pessoas com mais de 45 anos”, disse.
Segundo o Ministério da Saúde, o câncer de pele é o mais frequente no Brasil e no mundo, sendo mais comum em pessoas com mais de 40 anos. Causado, principalmente, pela exposição excessiva ao sol.
O câncer de pele pode ser classificado como melanoma e não melanoma. O primeiro tem origem nas células produtoras da melanina, substância que determina a cor da pele, e é mais frequente em adultos brancos, enquanto o não melanoma, mais frequente no Brasil, é responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no país.
Sintomas
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), os sintomas podem se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Somente um exame clínico feito por um médico especializado ou uma biópsia podem diagnosticar o câncer da pele.
Os sintomas mais comuns são lesões de aparência elevada, avermelhada, castanha, rósea ou multicolorida, com crosta central e que sangra facilmente. Uma pinta preta ou castanha que muda sua cor, textura, torna-se irregular nas bordas e cresce de tamanho. Uma mancha ou ferida que não cicatriza, que continua a crescer apresentando coceira, crostas, erosões ou sangramento.
Além desses sinais, melanomas metastáticos podem apresentar outros, que variam de acordo com a área para onde o câncer avançou. Isso pode incluir nódulos na pele, inchaço nos gânglios linfáticos, falta de ar ou tosse, dores abominais e de cabeça, por exemplo.
Tratamento
Ainda segundo o INCA, todos os casos de câncer da pele devem ser diagnosticados e tratados precocemente, inclusive os de baixa letalidade, que podem provocar lesões mutilantes ou desfigurantes em áreas expostas do corpo, causando sofrimento aos pacientes.
Há diversas opções terapêuticas para o tratamento do câncer da pele não-melanoma. A modalidade varia conforme o tipo e a extensão da doença, mas, normalmente, a maior parte dos carcinomas basocelulares ou espinocelulares pode ser tratada com procedimentos simples.
Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, a quimioterapia, a imunoterapia e as medicações orais e tópicas são outras opções de tratamentos para os carcinomas. Somente um médico especializado em câncer da pele pode avaliar e prescrever o tipo mais adequado de terapia.