8 de fevereiro de 2025
Os suspeitos aplicavam golpes em cidades do Centro-Oeste mineiro / Foto: Reprodução
DIVINÓPOLIS – A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, na última quarta-feira, 5, operação para desarticular um esquema de fraudes financeiras contra idosos em Divinópolis, Carmo do Cajuru e Piumhi, na região Centro-Oeste do estado. A ação resultou na prisão preventiva de duas mulheres e um homem que atuavam em uma empresa do ramo de crédito consignado.
Segundo a PCMG, os investigados, com idades entre 21 e 42 anos, são suspeitos de desviar dinheiro de aposentados, beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e pessoas em situação de vulnerabilidade. Eles foram presos em suas residências, localizadas nos bairros Centro e Porto Velho, em Divinópolis.
Conduzida pela equipe de investigação de fraudes da Delegacia Regional de Polícia Civil, a operação resultou ainda no cumprimento de mandados de busca e apreensão nas casas dos alvos e em estabelecimentos comerciais, sendo um no bairro Santo Antônio, em Divinópolis, onde funcionava a matriz da empresa, e outro no centro da cidade de Carmo do Cajuru. O objetivo foi a coleta de documentos e equipamentos de interesse do trabalho investigativo.
Investigações
De acordo com a PCMG, as apurações começaram em setembro de 2024, após vítimas denunciarem golpes financeiros que lhes causaram prejuízos significativos. Segundo as investigações, os suspeitos ofereciam empréstimos consignados sob a promessa de condições vantajosas, como juros reduzidos, portabilidade ou unificação de dívidas. Em alguns casos, também prometiam devoluções de valores para atrair a confiança das vítimas.
“Com o pretexto de ‘ajudar a resolver dívidas’, os suspeitos acessavam os celulares dos clientes e realizavam transações bancárias sem autorização, desviando os valores dos empréstimos para contas pessoais. Dessa forma, os idosos, que já enfrentavam dificuldades financeiras, acabavam ainda mais endividados e com seus benefícios comprometidos”, explicou a delegada responsável pelas investigações, Adriene Lopes.
As investigações apontaram que os suspeitos já haviam praticado fraudes semelhantes em outras cidades de Minas Gerais, demonstrando reincidência criminosa e risco de continuidade das ações ilícitas. Muitas vítimas, incluindo idosos com problemas de saúde, só percebiam o golpe ao notar descontos indevidos em seus benefícios.
Prisões e apreensões
Durante a operação, documentos, computadores, máquinas de cartão e celulares foram apreendidos para análise. Os três investigados foram presos preventivamente e encaminhados ao sistema prisional. Ao final do inquérito, eles poderão ser indiciados pelos crimes de estelionato qualificado contra idosos. As investigações continuam para identificar outras vítimas e possíveis envolvidos.