Destaques Política

Secretaria esclarece situação sobre garças urbanas em Paraíso

22 de janeiro de 2025

prefeitura analisou diversas formas de controle, como a captura das aves, instalação de redes de neblina e o uso de serviços de falcoaria / Foto: Reprodução

S. S. PARAÍSO – Desde o início do mandato 2021/2024, a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso tem enfrentado o desafio de garantir à população um ambiente limpo e saudável nos locais ocupados pelas garças. De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Renan Jorge Preto, o problema não é exclusivo do município e afeta outras regiões do Brasil, como o arquipélago de Fernando de Noronha, onde a mesma espécie de ave, a garça-vaqueira (Bubulcus ibis), tem causado transtornos, riscos à aviação e danos ambientais graves.

Originária do continente africano, a garça-vaqueira chegou ao Brasil e se adaptou rapidamente, ocupando áreas urbanas e rurais. Segundo o secretário, a ave representa um grande desafio por conta do impacto ambiental e da dificuldade de manejo. “Pesquisamos bastante e constatamos que diversos outros municípios enfrentam o mesmo problema, e infelizmente nenhum encontrou uma solução definitiva”, afirmou.

A Prefeitura analisou diversas formas de controle, como a captura das aves, instalação de redes de neblina e o uso de serviços de falcoaria, em que aves treinadas, como gaviões e falcões, perseguem e afugentam as garças. Contudo, essas opções foram descartadas devido ao alto custo e ao risco de mortes acidentais de outras aves.

“Em 2022, cotamos esses serviços com uma empresa especializada, e o valor seria de mais de 115 mil reais. Além de onerosos, esses métodos certamente provocariam a morte não só de garças, mas também de outras aves que compartilham os mesmos espaços”, explicou Renan Jorge Preto.

Manejo com podas de árvores

Até o momento, a medida mais eficaz tem sido a poda de galhos e a retirada de ninhos das árvores, uma prática que torna os locais inseguros para a reprodução das garças e as afugenta para outros espaços. Segundo o secretário, essa técnica mostrou resultados positivos, especialmente na praça da Lagoinha, onde a presença das aves diminuiu nos últimos anos.

A ação precisa ser contínua e estratégica, especialmente antes do período reprodutivo, que ocorre entre setembro e outubro e se estende por 4 a 5 meses. “Sabemos o tamanho do nosso desafio, inclusive porque não conseguimos prever qual será o próximo espaço que as aves tentarão se alojar”, destacou.

Migração constante

As garças têm migrado entre diferentes pontos da cidade, como a esquina da Rua Alfredo Fidelis Marques com a Rua Paulo Osias de Sillos, a área verde entre as ruas Geraldo Pelúcio e Dom Pedro II e novamente o parquinho da praça da Lagoinha.

“Estamos empenhados em continuar com o trabalho e seguimos buscando novas soluções para minimizar os impactos e melhorar a qualidade de vida da população”, concluiu o secretário.

“A Prefeitura reafirma seu compromisso em enfrentar o problema de forma responsável, equilibrando o cuidado com o meio ambiente e as demandas urbanas”, informa a administração.