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Atlético sofre com falta de continuidade de treinadores

6 de dezembro de 2024

Atlético teve 17 trabalhos com 16 treinadores diferentes desde 2015 / Foto: Reprodução

PASSOS – O Atlético vive um problema que se arrasta há quase uma década: a falta de continuidade no comando técnico. Desde a saída de Levir Culpi, em 2015, após um trabalho que durou 581 dias, nenhum treinador conseguiu sequer completar um ano à frente do Galo. Essa instabilidade reflete a dificuldade do clube mineiro em construir projetos de longo prazo.

Na última quarta-feira, 12, foi a vez de Gabriel Milito deixar o cargo. O argentino, que chegou ao clube com grandes expectativas, encerrou sua trajetória deixando a torcida frustrada com os vice-campeonatos da Copa do Brasil e da Libertadores, e uma campanha ruim na Série A do Campeonato Brasileiro. O único ponto positivo foi o título do Mineiro 2024.

Milito acumulou 62 partidas no comando, com 23 vitórias, 20 empates e 19 derrotas. Uma sequência negativa de 12 jogos sem vitória – a pior do clube em 33 anos – foi determinante para seu resultado.

Desde 2015, o Galo já teve 17 técnicos, o que equivale a uma média de quase dois trabalhos por temporada. Treinadores como Diego Aguirre, Roger Machado, Cuca, Jorge Sampaoli e Eduardo Coudet passaram pelo clube, mas nenhum conseguiu iniciar dois anos consecutivos no comando.

Nem mesmo a recente transição para a gestão da Sociedade Anônima de Futebol (SAF), em 2023, trouxe uma solução para o problema. Em pouco mais de um ano sob esse modelo, o clube já terá seu terceiro treinador. A mudança administrativa, que visava trazer mais estabilidade e planejamento, ainda não surtiu efeito no que diz respeito à continuidade dos projetos técnicos.