3 de agosto de 2024
PRESIDENTE DO DIRETÓRIO DO PT NO MUNICÍPIO DISSE QUE O PARTIDO VAI PEDIR IMPUGNAÇÃO DA CHAPA ALEX ROSSETI (PV) E ALÍPIO MUMIC FILHO (PT) / Foto: Reprodução
S. S. PARAÍSO – O presidente do diretório municipal do PT em São Sebastião do Paraiso, Andrey Paris, afirmou que o partido vai pedir impugnação da chapa formada por Alex Rosseti (PV) e Alípio Mumic Filho (PT) para a disputa à prefeitura do município. Segundo ele, a sigla também deve pedir a expulsão de Mumic Filho do partido por desobediência.
No início da semana, Alex e Alípio anunciaram, após convenção, a formação da chapa para as eleições municipais de 6 de outubro. Na convenção integrantes dos partidos teriam protagonizado cenas de agressão e desentendimento.
Nesta sexta-feira, Andrey convocou uma coletiva e disse que o PT definiu, em plenária aberta no dia 24 de junho amplamente divulgada nas redes do partido, que não terá candidato a vice-prefeito da federação com o PV, que também inclui o PC do B.
Ao mesmo tempo ele reafirma que o projeto do partido se mantém com as candidaturas para vereadores. “Nós agora vamos entrar com processo de impugnação, pois, o filiado tem que seguir o estatuto que é a lei maior da instituição da qual ele se filiou e o documento diz que o filiado tem que seguir as decisões do partido ainda mais em se tratando de uma candidatura”, afirma.
Ontem, ele afirmou que o processo de impugnação da chapa seria formalizado ainda nesta sexta, considerando que o PV e o PCdoB “tentaram passar por cima como um trator no Partido dos Trabalhadores”, disse.
Andrey anunciou ainda que Alipio Mumic Filho, o Alipinho, sofrerá processo interno no partido, conforme regimento interno e estatuto partidário. Uma das decisões a ser tomada é a expulsão do filiado, com o argumento de que teria havido infidelidade. “A partir do momento em que ele se coloca contra uma decisão do partido”, comenta.
Em relação à composição da chapa majoritária, o presidente municipal do PT confirma que Alex Rossetti (PV) é o candidato a prefeito pela federação. “Negamos o vice, ele terá de arrumar outro vice e ainda a candidatura proporcional continua de pé, firme para disputar as eleições”, disse.
PV
O pré-candidato a prefeito Alex Rossetti, em uma mensagem de vídeo,
comentou sobre a situação da pré-candidatura e o impasse com o PT. No vídeo ele aparece ao lado de Alípio Mumic Filho. “Nós vivemos em um País democrático. Se algumas pessoas dentro da nossa federação, de alguns partidos da chapa, que não apoiam a nossa chapa e a pré-candidatura do Alipinho como pré-candidato a vice-prefeito da cidade, não apoiam a mim como pré-candidato a prefeito, fica a critério deles tomarem todos os ritos que a justiça dá para eles fazerem e está tudo certo”, comenta.
Na sequência ele diz para que os divergentes fiquem à vontade para qualquer ação. “Só quero fazer uma pergunta: a quem interessa tudo isso, sendo que há algum tempo atrás estas pessoas estavam brigando pela candidatura da majoritária? A quem interessa tudo isso”, afirma Rossetti.
Em seguida defende Alipio. “Eles queriam tanto estar dentro da majoritária e estão, com a participação de uma pessoa íntegra e pessoa honrosa dentro da nossa cidade que é o Alípio, porque querem tanto que a gente não saia”, e insiste em perguntar. “Para quem está interessando tudo, é para parar e pensar em tudo isso, vamos raciocinar juntos sobre isso” ressalta. Ao finalizar afirma que pretende continuar defendendo seus ideais. “Essa é a nossa resposta, estamos à disposição de Paraíso e podem contar conosco”, finaliza.
Reunião teve clima tenso e acusação de agressões
Na última terça, representantes do PT, PV e do PCdoB estavam em nova reunião partidária, após a convenção petista realizada dia 27 de julho. Imagens de um vídeo registraram uma suposta confusão entre partidários. Durante uma discussão teriam ocorrido empurrões sendo que um homem teria desferido um tapa no rosto do médico e ex-vereador Antônio Carlos Maffei Bragiato (PT). O vídeo teve repercussão em redes sociais na cidade.
O presidente do PT local, Andrey Paris lamentou sobre o ocorrido e falou ainda sobre as providências que estão sendo tomadas. “É uma situação extremamente triste com o ocorrido na convenção porque o Partido dos Trabalhadores acredita que o ambiente na convenção é um lugar de diálogo, de conciliação de diferenças e esta situação foi terrível e isso é inadmissível a um processo de convenção em um processo político”, lamenta. Ele reforçou a decisão do partido ocorrida em plenária aberta dia 24, amplamente nas redes o partido que não terá candidato a vice-prefeito na federação com PV e o PCdoB.
Ainda sobre a confusão Andrey afirma que o clima estava muito tenso. “Durante a convenção fomos extremamente ameaçados, agredidos e oprimidos. É uma situação muito delicada”, observa. Ele cobra coerência em relação aos agressores. “Para mim já deveria ter sido anunciada a expulsão da pessoa que agrediu”, diz. Em seguida pondera que os envolvidos pelo PT tentavam falar com representantes dos outros partidos da federação. “Tentamos falar com a presidente do outro partido, não a conhecíamos antes da convenção, e isso é muito grave, porque tem que haver processo pré-convenção.
Para Diulie Godoi, vice-presidente do diretório municipal do PT, o clima também estava hostil para as mulheres. “Me senti com medo no momento, por ver que nós mulheres estamos sendo silenciadas e que em alguns ambientes não temos momentos de fala”, protesta. Ela afirma ser desnecessário este tipo de situação. “Principalmente os partidos precisamos evoluir e dar espaços para as mulheres ocuparem estes lugares. Elas precisam ter um protagonismo na luta democrática, temos capacidade para estarmos dentro da política e mostrar o trabalho porque a sociedade patriarcal ela traz isso, esse modelo de que os homens cuidam da vida pública, nós mulheres cuidamos da vida doméstica, isso é um atraso na democracia é um atraso no processo da nossa participação feminina”, observa.
Diulie mostrou-se indignada com a violência. “Meu sentimento é de indignação com este comportamento agressivo, de alguns homens não são todos, e também de solidariedade as outras mulheres que estavam ali que não precisavam de ver e presenciar aquele tipo de tumulto que foi causado”, completa.