4 de julho de 2024
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Escorchamento do contribuinte
Senhores dirigentes atuais do país, Lula, Haddad, Alexandre de Moraes, vemos o clamor dos senhores contra a SELIC, que nada mais é que uma taxa técnica como um dos instrumentos mais eficientes para controle da expansão monetária, que é a real causadora da inflação. A subida de preços é consequência da inflação e não agente criadora.
Consideram o “controle” da SELIC como um agente político, considerando-a culpada, por completa ignorância econômica, pela expansão monetária.
Estão achando a Taxa Selic, hoje em junho de 2024 de 10,50%, que dentro das operações que dela derivam a convertem para 10,50% anuais se permanecer inalterada por um ano, para 0,84% mensais e 0,028% diários, como muito alta.
E é alta mesmo comparando com outras economias mais estáveis que possuem outros meios de controle da expansão monetária, que não temos por exemplo aqui no Brasil por absoluta incapacidade crônica de nossos governantes, que é o controle do déficit das contas públicas ou déficit fiscal, onde no jogo vital de equilíbrio de receitas e despesas, se busca apenas o aumento das receitas por meio de escorchamento dos contribuintes e não redução dos gastos absurdos do complexo estatal.
Se acham que a Selic está alta, porque então não a utilizam para cobrar os impostos atrasados (mesmo com o direito ainda de embutir multas penalizadoras)?
Em outra manifestação fizemos a comparação entre esta taxa técnica e o que se cobra do contribuinte quando este se encontra em atraso no pagamento de seus tributos que pesam já exageradamente em seus ombros.
Fácil rever a comparação entre a Selic a correção de impostos atrasados:
Taxa Selic diária: 0,028% diários contra 0,330% diários dos impostos atrasados.
Taxa Selic mensal: 0,84% mensais contra os 10,39% mensais dos impostos.
Taxa Selic anual: 10,50% anuais contra os 227,40% anuais dos impostos.
Mesmo que se considere o limite de 20% de multa pelo atraso + mais juro de 1% ao mês, as taxas equivalentes pelo mesmo período da aplicação são estas mesmo como taxas de referência, um roubo.
E onde andam os congressistas? E os conselhos contábeis? E a OAB que seria a guardiã das leis? Aliás, não adianta, a maioria deste público nem tem afinidade com a matemática a não ser na defesa de seus próprios interesses.
Resta aos contribuintes, principalmente das pequenas e médias empresas berrarem embora todos por tabela são afetados pelos descalabros governamentais.
Roberto Barbieri – Passos/MG