Destaques Política

Presidente Lula critica extensão da greve de professores e TAEs

12 de junho de 2024

Foto: Reprodução

PASSOS – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a extensão da greve dos professores e técnicos-administrativos em educação (TAEs) das universidades e institutos federais, na segunda-feira, 10. Ele afirmou que o valor dos recursos negociados com o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) para reajustar os salários dos docentes e servidores é “irrecusável”.

Em Passos, professores e técnicos-administrativos em educação do Instituto Federal Sul de Minas completam 57 dias de greve nesta terça-feira, 11. Ontem, 10, no Palácio do Planalto, o presidente Lula reuniu com reitores de institutos e universidades federais na tentativa de encerrar a paralisação.

“O montante de recurso que a companheira Esther Dweck [ministra do MGI] colocou à disposição é o montante de recursos não recusável. Eu só quero que leve isso em conta porque se não nós vamos falar em universidades, institutos federais e os alunos estão à espera de voltar à sala de aula”, disse o presidente.

Naquele momento, o presidente comunicou que o Ministério da Educação (MEC) direcionaria R$ 5,5 bilhões para obras e manutenção do ensino técnico e superior. Além disso, anunciou a construção de dez novos campi universitários e oito novos hospitais universitários federais.

Professores e servidores de aproximadamente 60 universidades federais e mais de 39 institutos federais de ensino básico, profissional e tecnológico estão em greve desde 15 de abril. Relatórios das entidades indicam que a paralisação atinge mais de 560 unidades de ensino em 26 estados. Entre outras reivindicações, eles pedem a recomposição salarial de 4,5% ainda este ano.

Negociação

No dia 3 de junho, representantes do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) e da Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra) se encontraram com representantes do governo federal.

O encontro aconteceu uma semana depois que a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) assinou um acordo com o MGI, sem o apoio das demais entidades principais que possuem registro sindical e representam a maioria dos docentes e servidores, causando uma divisão nas categorias. O acordo foi baseado em uma contraproposta que o governo denominou de “proposta final”, mas uma decisão liminar da Justiça Federal de Sergipe anulou o acordo firmado entre o governo federal e a Proifes.

Os servidores técnico-administrativos têm uma nova rodada de negociações com o governo marcada para hoje, 11. Já com os professores federais, a reunião está prevista para a próxima sexta-feira, 14. O MGI destacou que as pautas em discussão não serão de caráter remuneratório.