20 de maio de 2024
Índice de analfabetismo de pretos é duas vezes maior que o de brancos / Foto: Reprodução
LEONARDO NATALINO E ROBERTO NOGUEIRA
PASSOS – Cerca de 93,99% da população da região com 15 anos ou mais é alfabetizada, enquanto cerca de 6,1% são analfabetos, é o que revela os dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa regional supera em 0,99% o índice de alfabetização do país (93%).
Na região, a população de cor ou raça preta soma 89,02% de alfabetização, atrás de indígenas (90,55%), pardos (92,97%), brancos (95,02%) e amarelos (97,9%). Ou seja, o índice de analfabetismo de pretos (10,98%) é cerca de duas vezes maior que o de brancos (4,98%) e cerca de 5 vezes maior que o de amarelos (2,1%).
A população de cor ou raça amarela apresenta a maior quantidade de índice 100% para alfabetização na região (19 de 27 municípios), ainda que represente uma pequena parcela da população, quando comparada a brancos e pardos. Em nenhuma cidade foi registrado 100% de taxa de alfabetização nas categorias branco, preto e pardo.
O IBGE define como analfabetos pessoas que não sabem ler e escrever um bilhete simples. Passos é uma das três cidades da região com menores índices gerais de analfabetismo, com 3,9%. Capitólio e Itaú de Minas lideram a lista, com 2,87% e 3,08%, respectivamente.
No Brasil, há 11,4 milhões de analfabetos, o que representa 7% do total da população com 15 anos ou mais. Em 2020, o instituto revelou que 10% dos brasileiros não sabiam ler ou escrever um bilhete simples. O histórico desse quesito aponta ainda que o quadro de analfabetismo em 1940, por exemplo, chegava a 56% da população.
Outros indicadores
Segundo o IBGE, as mulheres tendem a apresentar melhor taxa de alfabetização que os homens. Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 93,5%, enquanto o de homens era 92,5%. Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade.
A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas aos homens dos mesmos grupos de idade.
Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 79,9%, comparado ao de 79,6% das mulheres.