30 de novembro de 2023
GILBERTO ALMEIDA
<j> “Se o povo não impedir o PT, em um futuro muito próximo teremos uma ditadura muito pior que a dos militares de 64. Seremos a Cuba do século 21” – Alisson Schneider
Eu gostaria muito de apresentar, neste minifúndio de papel, temas leves que divertissem os leitores, mostrando pontos positivos no cenário federal, estadual e municipal, ate mesmo de elogiar aquilo que está acontecendo e até mesmo os atores políticos que compõem o cenário nacional.
Gostaria sim de elogiar o presidente Sr Luiz Silva, em quem por desejar alternância de poder votei quando se elegeu pela primeira vez, sendo portador da esperança de milhões de brasileiros que, como eu, acreditaram que um operário, migrante nordestino que certamente vivenciou todas as agruras vividas pelos brasileiros flagelados pelas distorções e injustiças sociais gritantes, iria, não consertar tudo aquilo que foi engendrado por séculos de uma classe dominante que em muitos momentos beirou a perversidade e crueldade, mas certamente iniciaria um novo modelo de círculo virtuoso, buscando o entendimento dos brasileiros para acudir as demências sociais e por fim combater as ervas daninhas que drenam todas as possibilidades de que isto aconteça.
E mais, mesmo após Luiz Silva não atender a tais expectativas e permitir ou até mesmo comandar a maior quadrilha, “nunca antes vista neste país”, mesmo inconformado com a relativização de todo o mal ocorrido nos governos petistas anulando processos por problemas de CEP, apesar da devolução de 15 bilhões por réus confessos, mesmo assim, e mesmo não votando nele, tive uma leve esperança de que a versão 3 do Sr Luiz Silva dedicaria a se afastar de toda a trama nefasta que assolou o Brasil nos 14 anos de governo petista, realizando, enfim, um governo decente e que buscasse mesmo com a diversidade política e polarização existentes, caminhos transparentes de união em busca de soluções para nosso país.
Muito a contragosto, é imperioso apontar que Luiz Silva caminha pelos mesmos trilhos que nos conduziram a um verdadeiro desastre, uma catástrofe econômica, que buscaram amenizar com política assistencialista, mas que não promoveu nenhuma ascensão social, culminando em uma grave recessão e beirando uma convulsão social. O Sr Luiz Silva neste primeiro ano de governo procurou ampliar um aparceiramento com o conhecido Centrão, conduzindo o país para a mais deplorável política do “toma lá dá cá”, dedicando bilhões em emendas secretas para aliciar parlamentares a aprovarem tudo que o governo desejasse.
Por outro lado, seu ministério, é de caracterizado pelo mais libertino loteamento de cargos já visto em governos brasileiros, cujos nomes foram escolhidos pelos mais hediondos critérios. Não me refiro apenas ao ministro da Fazenda Fernando Haddad que confessou que estudou apenas 3 meses de economia e somente teve êxito por ter colado de um colega.
São muitas e incontáveis as manifestações bizarras de ministros, grande parte deles escolhidos por parentesco com outros políticos ou mártires da esquerda, o que se cristaliza na escolha de uma ministra cujo currículo se resume ao fato de ser irmã de Marliére Franco.
Os desencontros e desacertos da “equipe” de governo são tão medonhos que o próprio presidente fez declarações opostas às diretrizes apontadas por seus assessores, tudo isso em público. Outro ponto a se destacar é o infinito ódio e desejo de vingança destilados pelo Sr Luiz Silva, que hoje se dedica muito mais a desconstruir seu antecessor, do que apresentar algo de novo ou interessante para o Brasil.
Àqueles que defendem a reforma tributária proposta e cuja necessidade é incontestável e poderia ser um trunfo do governo atual, cumpre dizer que além de implantar o maior IVA (27,5%) do planeta, vai destruir o constitucional pacto federativo, transformando estados e municípios em verdadeiros mendigos, que passarão a buscar em Brasília e de pires na mão, recursos para atender suas demandas.
Se por um lado o maior benefício da Reforma Tributária seria a simplificação da cadeia tributária, de outra monta a gula tributária e a centralização do dinheiro nas mãos do governo federal, poderão eclodir em aumento do risco fiscal, insegurança no mercado e a perda total da autonomia dos estados e municípios.
Mas de tudo o que se pode dizer sobre o governo do andarilho internacional, o Sr Luiz Silva, minha maior preocupação está na preservação da verdadeira democracia, cujos os indicadores mostram que corre sérios riscos, não somente pela confraria com sanguinários ditadores de esquerda, mas principalmente pela obsessão pela centralização de tudo, pela anulação de qualquer reação do Poder Legislativo que foi completamente cooptado e mesmo com viés mais conservador dos parlamentares votará tudo o que for indicado pelo governo, pelo domínio da grande imprensa graças à benevolência de verbas publicitárias e por fim, o pavor que muitos brasileiros tomaram de se manifestar, em razão dos recentes fatos, quando baderneiros provocaram e envolveram pessoas de bem, hoje sofrendo condenações muito maiores do que de abomináveis criminosos como, por exemplo, traficantes de drogas ilícitas.
Por falar nisso, ficará sem explicação a proximidade com uma senhora conhecida como a “Dama do Tráfico”, que participou de inúmeras reuniões oficiais no Ministério da Justiça, cujas explicações não convenceram a ninguém, mas, de certa forma, fizeram a população entender porque o adiposo Ministro Flávio Dino, frequenta com liberdade as áreas dominadas pelo narcotráfico, sem nenhuma preocupação com sua segurança…
Por fim, tenho percebido um agravante nas atitudes do Sr Luiz: agora está escancarado todo o conluio com a esquerda internacional, que destruiu todos os países que governou e sempre com ditaduras sangrentas. Não existe mais nenhum pudor em confessar a barganha perniciosa para obter votos com o uso do orçamento secreto, não há nenhum problema em decretar sigilo centenário das despesas da perdulária primeira Dama em turismo pelo mundo afora e até mesmo o Judiciário confessa que “nós derrotamos o bolsonarismo” e mais recentemente que o presidente “se elegeu graças ao STF”.
O deboche, o escárnio do presidente e sua choldra tem ainda a cereja do bolo: a indicação do ventrudo Flávio Dino para ministro do Supremo, colocando aquela Casa com um viés político partidário indesejável e ainda com um político que demonstrou muito mais petulância do que qualquer outro predicado que o credencie a assumir uma função que exige imparcialidade.
Como seria possível elaborar um texto afável, com todas estas e muitas outras questões que, se questionados, os morubixabas petistas responderão sempre com um ataque ao governo anterior?
GILBERTO BATISTA DE ALMEIDA é engenheiro eletricista e ex-político, escreve quinzenalmente às quintas nesta coluna