14 de novembro de 2023
Foto: Reprodução.
GUAXUPÉ – A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé) subiu três posições no ranking da revista Forbes das 100 maiores empresas do Agro 2023 no Brasil e conquistou o 26º lugar, com receita de R$ 10,1 bilhões em 2022. No ano ranking do ano passado a cooperativa ocupava a 29ª posição, com R$ 6,7 bilhões. Em 2021, a Cooxupé estava na 37ª posição, com receita de R$ 5,03 bilhões. Em 2022, a receita da cooperativa cresceu 50,7%..
Em entrevista para a publicação, o presidente da cooperativa, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, ressalta que a capacitação dos cooperados vai atender mercados cada vez mais exigentes.
Segundo informações da Cooxupé, na reportagem, a revista o crescimento na receita e aponta que repetir este feito em 2023 é uma tarefa árdua, porque o café é uma cultura de bienalidade e efeitos climáticos exacerbados.
No entanto, Carlos Augusto explicou que a cooperativa sempre terá grandes desafios, mas também grandes oportunidades. “O café é a segunda bebida mais consumida do mundo, e estamos aqui para produzi-lo”, afirma.
A Forbes ainda lembra que a cooperativa tem resiliência e potencialidades após mais de 90 anos de cooperativismo, pois conquistou 19 mil famílias cooperadas e atua em mais de 300 municípios. Além disso, a Cooxupé conta com 48 unidades de negócio e recebe 5 milhões de sacas de café arábica por ano, quase 10% do montante produzido no Brasil. Dessa forma, é a maior produtora e exportadora individual de café do mundo.
De acordo com Carlos Augusto, os cooperados observam esse cenário ao cumprir seus compromissos de entregas do grão à cooperativa, o que abre as possibilidades de bons desempenhos. “Claro que o mercado é soberano. Mas, diante de um cenário positivo, os produtores poderão aproveitar”, diz o presidente.
A Forbes também traz a informação de que a Cooxupé exportou 6,8 milhões de sacas de café em 2022. Os principais destinos do grão foram Europa e Estados Unidos. Carlos Augusto ainda contou que a empresa está com um olhar especial para a Ásia. “Estamos trabalhando bastante também com a China e a Coreia do Sul”, acrescenta.
Para conquistar novos mercados internacionais, a cooperativa atende às exigências globais por qualidade, sustentabilidade, rastreabilidade e segurança do alimento. Segundo o presidente, a Cooxupé defende que o processo para agregar mais valor ao grão começa na lavoura. Desse modo, a empresa cafeeira conversa cada vez mais sobre a agenda ESG, o crédito de carbono e a agricultura regenerativa. “Temos de levar formação cultural e tecnologias inovadoras aos nossos cooperados, para que se adequem a essas necessidades”, conclui Carlos Augusto à publicação.
A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, é exemplo de como a agricultura familiar pode ser um excelente negócio. A Cooxupé é a maior das 97 cooperativas de café do país, com cerca de 15 mil cooperados, sendo 95% deles pequenos produtores espalhados em cerca de 200 municípios das regiões do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro e no Vale do Rio Pardo, no estado de São Paulo. Também é o maior exportador individual de café do mundo, com vendas para 51 países que superam 5,2 milhões de sacas exportadas. Além disso, tem uma forte atuação no setor de cafés finos, especiais e certificados, através da empresa SMC, criada em 2009.