Leitor

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23 de outubro de 2023

Foto: Reprodução

Venezuela livre de sanções

Se esse literal ditador e presidente venezuelano Nicolas Maduro, tiver juízo e um mínimo de piedade com o seu humilhado povo, com esse alívio da revogação de sanções impostas em 2019, pelos EUA, gesto este do presidente Joe Biden, pode ter a grande oportunidade para recuperação econômica e social, hoje, um caos. Em troca o governo Maduro, promete eleições transparentes e fim da perseguição contra seus opositores. E como vantagem deste acordo é que a Venezuela poderá produzir mais petróleo, gás e ouro, e principalmente voltar a realizar comercio bilateral com os EUA. Porém, o prazo para Maduro, confirmar o que prometeu é curto… Caso descumpra esse acordo será desfeito. Porém, dando demonstração de que deseja cumprir, 273 políticos opositores presos por esse governante déspota, foram soltos. Oxalá, o povo deste país, volte a respirar a esperança de dias melhores…

Paulo Panossian – São Carlos/SP

A CPMI que pariu um rato

O pedido de indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e de 60 colaboradores do seu governo, entre eles generais, outros militares e ex-ministros, sinaliza a possibilidade de a CPMI de 8 de Janeiro terminar como um potente tiro no pé dos congressistas que a integram e até na credibilidade do próprio Congresso Nacional. Em vez de apurar os acontecimentos do dia (especialmente a omissão dos encarregados da segurança da área sinistrada), os senadores e deputados da comissão miraram no governo passado, que já não estava no poder. Deram nítida demonstração de que, para eles, mais importante do que apurar os fatos era comprometer o ex-presidente e, com isso, ganhar espaços midiáticos. Não houve interesse em saber o que faziam os encarregados da segurança. Bom seria que tivesse produzido um relatório equilibrado e este recebesse a aprovação e entregasse os fatos apurados e os nomes dos suspeitos para a análise do Ministério Público e suas providências. Mas o que se verifica é a possibilidade de haver relatório paralelo elaborado pelos membros discordantes, o que, por si, debilitará o peso das acusações. Os apuradores têm o dever da isenção que, não cumprido, coloca todo o trabalho a perder. A tarefa de quem se propõe a apurar é conhecer os fatos e apresentá-los a quem de direito, no caso, o Ministério Público ou ao próprio Congresso, se restar comprovado o cometimento de infrações político-administrativas passíveis da perda de mandato. Em não tendo cumprido por completo a sua finalidade, poder-se-á dizer que, em similaridade à antiga fábula da montanha, a CPMI terá parido um rato.

Dirceu Cardoso Gonçalves – São Paulo/SP

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