26 de julho de 2023
Foto: Divulgação.
PASSOS – A Prefeitura de Passos prevê um orçamento de R$ 496 milhões para 2024, o que representa uma queda de R$ 48 milhões em relação ao deste ano (R$ 544 milhões).
De acordo com o Legislativo, a proposta da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) enviada pelo Executivo inicialmente previa R$ 487 milhões para o orçamento de 2024, mas os valores foram corrigidos durante audiência pública realizada na tarde desta quarta-feira pela Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária.
Segundo informações da Câmara, Ailton Garcia, da Secretaria de Planejamento da prefeitura apontou que fatores diversos estão impactando a estimativa de receitas menores para o ano que vem, observando que além da reforma tributária os municípios devem receber menos por mudanças nas alíquotas de impostos dos combustíveis e redução do ICMS de energia elétrica.
Ainda de acordo com a Câmara, a audiência para conhecimento do projeto da LDO enviado pelo Executivo reuniu no Plenarinho segmentos diversos, sendo bastante concorrida na apresentação de propostas, que poderão ser transformadas em emendas.
O vereador João Serapião, que dirige a Comissão, presidiu o evento. Participaram também os vereadores Alex Bueno, Maurício Silva, Luis Carlos/Dentinho, Edmilson Amparado, Michael Silveira, Francisco Sena e Dirceu Soares. A Prefeitura esteve representada pelos técnicos da Secretaria Municipal de Planejamento.
O contador da Câmara Municipal, Antonio Cardoso, lembrou que as diretrizes orçamentárias trabalham metas e prioridades e a audiência é importante para ouvir a comunidade, visando que a população participe para compatibilizar orçamento e carências.
O vereador Alex Bueno questionou os motivos da previsão de receitas menores. Na mesma linha, o vereador Maurício Silva questionou o fato do orçamento de 2023 ter números maiores. O vereador Edmilson Amparado destacou a importância da sociedade civil estar presente e poder se manifestar.
O vereador Michael Silveira disse que o orçamento precisa destinar mais recursos para a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Agropecuária e Abastecimento. Michael argumentou a necessidade também da pasta ser desmembrada, se criando uma secretaria específica para o meio ambiente.
O presidente do Sindicato dos Produtores Rurais, Darlan Kallas, defendeu que o agronegócio tem uma participação de 27,5% no PIB do município e que por isso o orçamento deveria prever maior volume de recursos para o setor. Na mesma linha, o produtor rural Júnior Medeiros afirmou que a grande demanda para o agronegócio são estradas bem conservadas.
O ex-vereador Auro Maia, da Pastoral de Rua, disse que diretrizes precisam olhar de atenção para os moradores em situação de rua. Outro ponto por ele defendido foi a saúde mental, ressaltando que o município precisar destinar maior volume de recursos para os chamados Caps.
O secretário de Meio Ambiente e Agropecuária, Sebastião Domingos, o Neném da Manoela, reforçou a defesa de maior volume de recursos para a pasta. De acordo com ele, anos recentes têm mostrado uma situação inversa do chamado êxodo rural, afirmando que o número de moradores na roça tem aumentado. Conforme enumerou, o número de propriedades rurais em Passos aumentou em cerca de 1000 unidades.