Leitor

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17 de junho de 2023

Todos somos iguais?

Não creio, mesmo saindo do lugar comum. Conversa! Como todo mundo é igual? De onde tiraram essa ideia. Mas, cada qual é cada um. Entretanto, penso que a afirmação só teria sentido se assim fosse: Sentimento, todo mundo esconde. Sofrimento, todo mundo tem. Solidão, todos temos um momento. Pensamento, todos escondemos o nosso. Tempo, todos lutamos contra ele. Todo mundo é igual quando sente dor e perante a lei. Aí todo mundo é igual. Veja bem, sendo diferente, todos somos uma pessoa. A escritora Clarisse Lispector, pensa que se todo mundo é igual, pelo sim e pelo não, ao menos no temperamento, tem um pouco de pimenta, não é todo mundo que gosta nem todo mundo que aguenta. Vejam, ser igual a todo mundo é esquisito e pensar que só o amor constrói porque dizem que amar é passar-se por bonzinho e tirar do outro o que precisa, deve ser, todo mundo faz igual. Quer saber o que eu acho de ser todo mundo igual? Apesar das igualdades existentes, há muitas desigualdades. Isso sim, nas mesmas proporções, basta olharmos em nós mesmos, talvez mais desigualdades. O que seria do mundo se todas as pessoas fossem iguais? Primeiro, teriam as mesmas opiniões, seria muito confuso e sem graça. É. Ser normal é normal? Ou ser normal é diferente? E ser diferente é ser igual? Com é complexo! Mas iguais é o que não somos, penso assim. Já o cantor, compositor e ativista britânico que fundou os Beatles, a banda de maior sucesso comercial na história da música popular John Lennon dizia que tinha o maior medo desse negócio de ser normal, e ele sabia muito. E morreu cedo. Et voilà (e lá vamos nós com esse negócio de ser igual).

Fernando de Miranda Jorge – Jacuí/MG – E-mail: fmjor31@gmail.com

Discriminação

O que deveria ter sido aprovado na Câmara, em votação relâmpago, não é uma lei contra a discriminação de políticos, mas, ao contrário, uma que elimine de vez a imunidade parlamentar. Se pessoas “politicamente expostas” são cidadãos de bem, não haveria por que temer a lei, qualquer lei, e seguramente não seriam discriminadas. Está na hora de discutir o expediente regimental que permite votações relâmpago indecentes e imorais.

Luciano Harary – São Paulo/SP

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