Café africano

Um dia fui visitar amigos franceses em São Paulo. Diante da casa onde moravam havia um carro, com bandeira brasileiro e motorista. O carro era de um ministério e na casa dos amigos havia um primo de um deles, que morava na África e era comerciante internacional de café. Na alta esfera sabia-se que nesse ano a produção de café no Brasil era abaixo da média, enquanto na África o café ia sobrar. Logo o jeito era vender café ao Brasil para ele poder atender seus compromissos….
Certas mordomias são normais, acho. Este alto comerciante, que veio no Brasil para tratar de vender milhões (ou bilhões) de dólares de café deve ter dita: “Tem um primo que mora em São Paulo, como faço para visitá-lo”. Resposta: “O meu motorista vai levá-lo”. Fiquei sabendo que não deu certo com o Brasil mas deu certo com a Colômbia . Isto é , certos países que compraram esse ano café colombiano receberam, sem saber, café africano…
Acho que, na França, bebe-se pouco café brasileiro pois a África é mais perto e, especialmente por causa antigamente das colónias, havia mais compromissos comerciais com a África.

Pierre Bedouch – Passos/MG E-mail: p.bedouch@uol.com.br

Congresso

Poucas vezes assistimos a uma legislatura tão ruim como esta que foi eleita em 2022, tomou posse em 2023, e ficará até 2026 à frente dos destinos do Legislativo nacional. Não são mais apenas ‘300’ picaretas com anel de doutor, como escreveu um dia o compositor. São pessoas desprovidas de qualquer laivo de patriotismo, amor ao próximo e compromisso com a ética política. A maioria representa maus empresários, sonegadores fiscais, lobistas que não querem desenvolvimento nacional, mas sim, ampliação de seus lucros a custa de qualquer coisa, inclusive a burla das leis. A faceta ideológica é apenas mais uma tinta de verniz sobre a face destes ignóbeis a serviço do atraso e da servidão.”

Rafael Moia Filho – Bauru/SP

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