Leitor

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12 de maio de 2023

Fatos

A liberdade de expressão se revela comumente no tornar público fatos e no expor opinião, do autor ou não, sobre eles. Os fatos são percebidos pelos nossos sentidos e lastreiam a opinião sobre o que representam. Cada um de nós pode “sentir” o fato de modo particular, sem consonância com o “sentir” dos outros; isto pode ocasionar opiniões diferentes e até divergentes.

Mas o A liberdade de expressão se revela comumente no tornar público fatos e no expor opinião, do autor ou não, sobre eles. Os fatos são percebidos pelos nossos sentidos e lastreiam a opinião sobre o que representam. Cada um de nós pode “sentir” o fato de modo particular, sem consonância com o “sentir” dos outros; isto pode ocasionar opiniões diferentes e até divergentes.

Mas o problema é o partir da origem do fato, especificamente, o inexistente; o fato “fake”. É óbvio que um fato inexistente (não há fato falso) vai produzir uma opinião equivocada e induzir comportamentos. Daí, há de se coibir fortemente a divulgação ou informação sobre fato inexistente, bem como a da opinião por essa gerada.

A ilimitada liberdade de expressão, como se tem postulado, permitiria a divulgação de fatos inexistentes, bem como a prática e divulgação de sérias infrações éticas. O direito à liberdade, nos moldes postulados, somente se viabiliza pelo comportamento ético da maioria esmagadoras dos cidadãos. Seria, paradoxalmente, a sociedade estimular, por via oblíqua, a prática do que tem como proibido.

O viver em comum se tornaria inviável se todos se permitissem expressar, noticiando fatos inexistentes e emitindo opinião sobre eles, sem qualquer freio. Na verdade, a esmagadora maioria das pessoas conviventes no meio social se comporta eticamente, por isso, sem a necessidade de “abrir a porteira” para se dizer o que se quiser, tudo pelo receio de uma hipotética e pouco provável invasão do Estado no campo das liberdades individuais.

Os riscos, apontados pelos defensores da total liberdade de expressão, são ônus da civilidade; os denominados riscos calculados. Estes, aliás, extremamente menores do que os de se perderem vidas ou os de serem elas destroçadas por causa da mentira. E viva a liberdade. Com limites, é claro.

Raul Moreira Pinto – Passos/MG

Roqueira irreverente

A roqueira irreverente – dentro e fora da música – Rita Lee já deixou saudades. Uma perda para a nossa música, um ícone das gerações passadas e atuais que jamais será esquecido. Descanse em paz!

Júlio Roberto Ayres Brisola – São Paulo/SP

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