8 de maio de 2023
O projeto de roteirização permite o cadastro em sete categorias, dentre elas, hospedagem, atrativos e guia./ Foto: Reprodução.
Yngrid Horrana
DELFINÓPOLIS – Com faturamento médio de R$135 milhões no ano passado, o setor de turismo de Delfinópolis aponta a busca por passeios ao ar livre após a suspensão das medidas de restrição durante a pandemia de covid como um dos fatores para o crescimento no número de turistas.
Segundo levantamento feito pela prefeitura de Delfinópolis com base no movimento de veículos nas balsas que fazem a travessia no Rio Grande, cerca de 28 turistas visitaram o município por mês em 2022.
“Identificamos que muitos turistas, durante a pandemia, passaram a buscar passeios ao ar livre e as características de Delfinópolis são favoráveis a esses novos hábitos. Isso fez com que nessa retomada das atividades identificássemos uma elevação no número de turistas durante todo o ano. Isso impacta outros municípios da região, principalmente porque essa modalidade de turismo não possui fronteiras e a Canastra favorece isso”, afirma a secretária do Turismo de Delfinópolis, Meire Inoue
Em São José da Barra, município banhado pelo Lago de Furnas, os principais atrativos turísticos são passeios náuticos e transportes de veículos 4×4. Além do Lago de Furnas, os destinos mais procurados no município são a Usina Hidrelétrica de Furnas, Vale dos Tucanos, Morro dos Cabritos.
De acordo com a Secretaria de Turismo da Prefeitura de São José da Barra, as paisagens da região tornaram-se centro de atração da comunidade estrangeira: “Até três anos atrás, aproximadamente, nosso público visitante era majoritariamente da região do sudoeste de Minas Gerais e do interior de São Paulo. Após a pandemia, temos recebido turistas de outros estados e do exterior”, afirmou a secretária de turismo Lyvem Kelly de Avelar Lára.
Segundo o gestor da Associação Circuito Turístico Nascentes das Gerais e Canastra, Kleyber Jorge da Silveira, o turismo é um setor cada vez mais importante na economia e na geração de emprego e renda. “É um setor que gera emprego e renda. O turismo fomenta uma cadeia gigantesca de prestadores de serviços. Ele envolve desde um artesão até um resort”, disse Kleyber.
O guia turístico Micael Carvalho diz que receber pessoas do Brasil inteiro na região da Serra da Canastra o motiva a permanecer no ramo, mas afirma ser uma profissão instável e que a atuação no segmento é um complemento. “Esse trabalho completa minha renda mensal. Trabalhando aos fins de semana, não consigo me manter somente com esse trabalho”, conclui o guia.