Dia a dia

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2 de maio de 2023

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO

Remédio brasileiro cura câncer de aeromoça americana Parte 1

Este é o título de uma reportagem na página 30 da revista “Contigo”, de julho de 1983. Reproduzo aqui, com nossa redação, a título de curiosidade e sem intenção alguma de criar polêmica com quem quer que seja, muito menos com médicos, especialmente os especialistas no assunto. Reproduzo como se fosse em 1983.

Um medicamento considerado brasileiro, com o nome de VK3, a asparagina do câncer, como é conhecido o remédio, salvou a vida da estadunidense Lorraine Sluytman. Ela é irmã da atriz Lindsay Wagner, a famosa mulher biônica do seriado da televisão. Dizem parecer estranho, mas consideram os estadunidenses muito mais avançados nas pesquisas e aplicação da medicina. Estranho ou não, consideram ser tal fato a pura verdade. Bem, é o que afirma o texto.

O medicamento VK3 é produzido em laboratório situado na cidade de Recife, no Estado de Pernambuco, aqui no nosso Brasil. Trata-se de uma fórmula composta por ervas. Consta que anos atrás o apresentador de televisão, o brasileiro J. Silvestre, muito conhecido em sua época, já se empenhara pela legalização do remédio em seu programa no extinto canal de televisão TV Tupi. Para quem ainda não sabe, foi o primeiro canal de televisão a entrar no ar aqui no Brasil, em 18/09/1950, lá no alto do Sumaré, bairro de São Paulo

Apesar das várias testemunhas e apresentações de radiografias provando a cura, a luta do apresentador não produziu frutos. A reportagem diz que alguém mais poderoso (ou como diria Jânio Quadros: “forças terríveis”), agiu nos “bastidores”, ou ainda, “nas coxias” (existentes nos palcos dos teatros) e colocou um fim nas nobres intenções do apresentador. O VK3 só foi distribuído no Brasil, tendo aumentada a sua produção, apenas pela propaganda feita pelas pessoas curadas, que divulgavam o remédio.

A irmã da mulher biônica, Lindsay Wagner, do seriado da televisão estadunidense, a aeromoça Lorraine Stuytman, tem como sua história a prova do real e efetivo valor do medicamento VK3. Quando estava com 33 anos de idade, residindo em uma ilha do Pacífico, chamada Guan e exercendo a profissão de aeromoça (hoje dizem comissária de bordo, de voo, etc.), descobriu estar acometida de câncer.

Ela era funcionária da Continental Air Lines. Passando pelas mãos dos maiores cancerologistas ( ou:oncologistas) do seu país, os Estados Unidos da América do Norte, ela não conseguiu, mesmo com três cirurgias, combater a doença. O terrível mal se alastrou. Ela teve cada vez mais complicações, a doença progrediu e precisou, então, ficar afastada do trabalho, de sua carreira.

Um amigo, Carlos Paraíso, um empresário do Brasil, ficou sabendo do medicamento VK3 e os bons resultados divulgados. Enviou para ela alguns vidros do remédio. Estando sem esperanças, mas disposta a tudo para recuperar a saúde, Lorraine começou a tomar o medicamento e foi recuperando a saúde, aos poucos, até conseguir a cura total.

A reportagem diz que seis meses após, ela conseguiu retornar ao trabalho, levando uma vida totalmente normal. Ela confessou que já havia perdido a esperança de se curar e a alegria de viver. Ficava presa em casa, se escondendo do mundo e sofrendo com pesadelos.

Para ela, cada cirurgia era uma esperança e depois uma derrota, uma decepção, pois a doença não ia embora, só se agravava. Ela mesma afirma que se curou pelo VK3 e estava muito agradecida aos inventores do remédio. Tornou-se a maior divulgadora dele no seu país natal. Desejou que outras pessoas conseguissem se salvar.

A reportagem ainda faz um relato de como surgiu o medicamento VK3. Diz que o medicamento “milagroso” que curou Lorraine, feito com ervas brasileiras, teve como descoberta o início dos anos de 1960. O pai foi o químico e agrônomo Alceu Rabello, do Estado de Pernambuco, no Brasil.

Foi a partir de 1968, após a morte de Alceu Rabello, que o VK3 teve um desenvolvimento pleno de seu poder curativo. O doutor Aníbal Moraes de Albuquerque, médico pesquisador do Ministério da Saúde, sua esposa e assistente Maria Antonieta e mais cinco filhos do casal, todos médicos, foram os responsáveis pelo desenvolvimento do medicamento.

LUIZ GUILHERME WINTHER DE CASTRO, professor de oratória e de técnica vocal para fala e canto em Carmo do Rio Claro/MG, ex-professor do ensino comercial com reg. no MEC, formado no curso normal superior pela Unipac. E-mail: luizguilhermewintherdecastro@hotmail.com