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Ameg estuda declarar situação de emergência por conta das chuvas

20 de março de 2023

Os municípios que integram a instituição têm enfrentado fortes chuvas nas últimas semanas./ Foto: Reprodução.

PASSOS – Prefeitos de cidades da região devem se reunir, nos próximos dias, para discutir os problemas causados pelas chuvas e estudam a possibilidade de declarar situação de emergência com objetivo de obter recursos para manutenção de estradas rurais e de infraestrutura.

Segundo informações da Associação dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (Ameg), os municípios que integram a instituição têm enfrentado fortes chuvas nas últimas semanas. De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a média registrada nos últimos 90 dias variou de 800 mm a 1.000 mm na região, sendo que a marca anual na última década foi de 1.250 mm.

“A situação requer ações coordenadas e esforços conjuntos das autoridades locais e estaduais para garantir a segurança e o bem-estar da população”, afirma o presidente da Ameg e prefeito de Passos, Diego Oliveira.

De acordo com informações da Ameg, embora a maioria dos municípios, com exceção de Passos e São Sebastião do Paraíso, não possua pluviômetros conectados com o Inmet, o que permitiria informações mais precisas sobre o clima e precipitações, é notório o grande volume de chuvas que atingiram a região nos últimos meses, o que levou, inclusive à abertura das comportas nas usinas de Furnas para regular o volume de água nos reservatórios.

A ameg aponta que, com todo este volume de chuvas, os municípios têm enfrentado problemas no perímetro urbano e também na zona rural. Prefeitos relatam que estradas têm apresentado situações como atoleiros, queda de pontes e barreiras, alagamentos, destruição de galerias pluviais, interdições de ruas e outros.

Segundo a Ameg, os prefeitos têm trabalhado para manter as estradas trafegáveis e solucionar os problemas causados pelas chuvas, no entanto, a persistência do fenômeno tem dificultado as ações. “Nossa região está sofrendo demais com as chuvas e o mais difícil é que, para iniciar os reparos, precisamos de tempo firme por alguns dias e isso não está acontecendo”, afirma Diego.

Para efeito de comparação, a média anual de chuva registrada nos municípios que integram a Ameg entre 2011 e 2021 foi de 1.217 mm em Alpinópolis,1.330 em Capetinga, 1.488 em Capitólio, 1.339 em Carmo do Rio Claro, 1.299 em Cássia, 1.147 em Claraval, 1.397 em Delfinópolis, 1.368 em Doresópolis, 1.342 em Fortaleza de Minas, 1.489 em Guapé, 1.279 em Ibiraci, 1.397 em Itaú de Minas, 1.307 em Passos, 1284 em Pimenta, 1.410 em Piumhi, 1.286 em Pratápolis, 1.470 em São João Batista do Glória, 1.472 em São José da Barra, 1.429 em São Roque de Minas, 1.389 em São Sebastião do Paraíso, 1.303 em São Tomás de Aquino e 1.318 em Vargem Bonita, segundo a Ameg.

Com esses dados, a associação aponta que os volumes registrados nos últimos 90 dias está próximo da média anual de chuva em todos os municípios, o que explicaria o aumento dos problemas como a deterioração das estradas rurais e de ruas nas cidades.

Granizo

Alerta emitido nesta segunda-feira pelo Inmet aponta riscos de tempestade com possibilidade de granizo em 195 municípios de Minas Gerais. Segundo instituto, pode ocorrer chuvas entre 20 mm e 30 mm com ventos de até 60 km por hora. O alerta é válido até as 10h de hoje.

Na região, o Inmet aponta risco para os municípios de Alpinópolis, Bom Jesus da Penha, Capetinga, Carmo do Rio Claro, Cássia, Fortaleza de Minas, Ibiraci, Itamogi, Itaú de Minas, Jacuí, Monte Santo de Minas, Nova Resende, Passos, Pratápolis, São José da Barra, São Sebastião do Paraíso e São Tomás de Aquino.