Ícone do site Folhadamanha

8 municípios da região atingem nota máxima em avaliação fiscal

Em Passos, a administração comemorou a nota na avaliação de capacidade de pagamento feita pelo Tesouro Nacional / Foto: Reprodução

Carlos Renato

PASSOS – Oito municípios da região alcançaram nota “A” na avaliação da Capacidade de Pagamento (Capag), um indicativo que mostra a saúde financeira e de gestão fiscal das administrações municipais. A pontuação é referente ao ano base de 2023.

De acordo com dados do Tesouro Nacional, Bom Jesus da Penha, Carmo do Rio Claro, Claraval, Itaú de Minas, Nova Resende, Passos, Pimenta e São José da Barra alcançaram a nota máxima.

Os dados são disponibilizados pelo Sistema de Informações Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (Sincofi) e pelo Serviço Auxiliar de Informações para Transferências Voluntárias (Cauc).

Segundo o Tesouro, a pontuação leva em consideração indicadores de endividamento, poupança corrente e índice de liquidez, que avaliam o grau de solvência, a relação entre receitas e despesas e a situação de caixa das prefeituras para diagnosticar a saúde fiscal dos municípios.

Conforme o Tesouro Nacional, a análise da Capag apura ainda a situação fiscal dos municípios que querem contrair novos empréstimos com garantia da União, demonstrando se é viável um novo endividamento e se representaria ou não algum risco de crédito.

Fortaleza de Minas e Vargem Bonita receberam nota “B” e 12 cidades ficaram com nota “C”. Já os municípios de Capitólio, Doresópolis, Ibiraci, Itamogi e Jacuí não constam as notas declaradas.

Em Doresópolis, Ibiraci e Jacuí, o Tesouro alega as cidades declararam obrigações financeiras com valores negativos. Em Itamogi, o órgão alega que o município declarou a disponibilidade bruta de caixa de recursos com valor negativo. Já em Capitólio, o Tesouro informa que o município está pendente dos dois motivos acima.

 

Passos

Segundo o secretário de Fazenda de Passos, Juliano Beluomini, a pontuação positiva no Capag reflete o compromisso da administração municipal em garantir uma gestão responsável e eficiente dos recursos públicos.

“A análise da Capag considera diversos fatores, como a arrecadação de tributos, a capacidade de investimento e o cumprimento das obrigações financeiras. A nota ‘A’ é um reconhecimento do esforço contínuo da Prefeitura de Passos em promover transparência, planejamento e controle das despesas públicas”, aponta.

“É um reflexo do trabalho em equipe e da seriedade que temos tratado a gestão financeira de Passos. Isso nos proporciona mais credibilidade e a possibilidade de atraírem novos investimentos para a nossa cidade”, afirma.

Segundo o prefeito Diego Oliveira, com essa classificação, Passos deve se posicionar como um exemplo de gestão fiscal, o que pode abrir portas para parcerias e investimentos que beneficiem a população.

“A administração municipal continuará a trabalhar para manter essa excelência e garantir que os recursos sejam aplicados de forma eficiente em áreas prioritárias como saúde, educação e infraestrutura”, afirma.

 

Metodologia

O Tesouro Nacional ressalta que a prévia fiscal apresenta uma simulação da situação dos municípios a respeito da elegibilidade para obtenção de operação de crédito.

“Assim, os limites divulgados são preliminares e serão apurados de forma precisa por ocasião da verificação do cumprimento de limites e condições de que trata o art. 32 da Lei Complementar nº 101, de 2000 (LRF)”, esclarece o órgão.

De acordo com a Portaria Normativa nº 1.583, de 13 de dezembro de 2023, do Tesouro Nacional, para atingir a nota “A” no indicador do endividamento, o município deve atingir até 60%, considerando o valor da dívida consolidada bruta dividida com a receita corrente líquida. Se atingir acima de 60% e até 100%, a nota fica “B”. Acima de 100% de endividamento a nota fica “C”.

Em relação ao indicativo da poupança corrente, a portaria aponta que abaixo de 85% a nota fica “A”. Entre 85% e 95% a nota fica “B”. Já acima de 95% a nota fica “C”. Nesse indicador o Tesouro divide o valor de despesa com o valor de receita disponíveis no município.

Por fim, considerando o indicador de liquidez relativa, o órgão pega o valor de disponibilidade de caixa bruta e subtrai com as obrigações financeiras dos municípios, e após, divide com o valor de receita corrente líquida. Conforme a portaria explica, se o valor da liquidez relativa apontar maior que 5% a nota fica “A”. Se estiver entre 0% e 5% a nota fica “B”. Abaixo de 0% a nota fica “C”.

Sair da versão mobile