Opinião

DO LEITOR

10 de dezembro de 2024

Foto: Reprodução

Penas pesadas

Essa Folha, recentemente, trouxe em reportagem a opinião de um conhecido político que defende a anistia dos partícipes da anarquia de 08/01/23. Argumenta que uma das razões para o perdão seria o peso das punições. Não observou o defensor da medida que os crimes contra o Príncipe (Estado) sempre foram gravemente apenados. Uma das razões decorre do fato de que tais levantes fatalmente geram violência, guerras e mortes em grandes proporções. Isso desde os tempos da antiga Roma, quando Rômulo matou o irmão Remo, porque esse simplesmente, em desacato, saltou a linha que, simbolicamente, demarcaria os limites da futura cidade. Lembre-se também de antiga peça que narra a história de Antígona, executada porque desafiou Tebas ao enterrar Polinices, contra a vontade de Creonte; aquele morto numa luta pelo poder. Os ataques às sedes dos Poderes não são meros exercícios de vandalismo juvenil (ou seria senil?). Como já passamos pela dolorida experiência de crimes gerados por um bem sucedido golpe, acho que as penas impostas aos criminosos do 8 de janeiro estão do tamanho exato.

Raul Moreira Pinto – Passos/MG

 

Governo assalta o cofre dos fundos

O fato do presidente querer usar os recursos do saldo financeiro de oito fundos públicos estimados em quase R$40 milhões é um abuso. Usar esse dinheiro significa que o governo furou o teto de gastos e não tem como cobrir o rombo a não ser pegando dinheiro dos fundos Funad- fundo nacional antidrogas, Fnac – fundo nacional de aviação civil, Funset- fundo nacional de segurança de trânsito, dentre outros. Hoje a aviação civil acumula sérios problemas. O caso do aeroporto de Congonhas é gritante. Não há espaço para os aviões que chegam e saem. A demora acaba em cancelamento prejudicando milhares de passageiros. E ao invés do governo investir no Fnac ele quer usar o dinheiro para cobrir suas dívidas? Mesmo problema temos no Funset e Funad e nada de solução. É uma vergonha. E o congresso anda dizendo amém porque precisa das emendas. Não basta o mercado ter reprovado esse governo, corremos o risco da equipe econômica perder a sua credibilidade.

Izabel Avallone – São Paulo /SP