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14ª edição da Missão Brasil Bolívia acontece em 5 de julho

25 de abril de 2024

Os voluntários partem rumo à fronteira entre Brasil e Bolívia no dia 5 de julho / Foto: Reprodução

PASSOS – A 14ª edição da Missão Brasil/Bolívia já tem data definida para começar. É dia 5 de julho, rumo ao Rio Guaporé, na divisa do estado de Rondônia com o país vizinho, em meio à floresta amazônica. Serão quatro dias de viagem, com oito de atendimento socioassistencial, médico, odontológico, doações e diversão, principalmente para os povos indígenas ribeirinhos.

Desde 2010, o aposentado de 61 anos Paulo Roberto Emygdio, e a esposa Maria Cristina de Almeida Emygdio, rodam cerca de 2,6 mil quilômetros entre Passos e Costa Marques, em Rondônia. A maioria das viagens ocorreram em ônibus, com entre 30 e 40 voluntários. Outras, levando menos pessoas, ocuparam vans e carros de passeio.

Paulo, que coordena o Expresso da Alegria, equipe passense que leva diversão ao Hospital do Câncer de Passos, creches e escolas, também se veste de Dr. Cheiroso, uma das atrações da expedição assistencial. Neste ano vão 42 voluntários entre médico, dentista, nutricionista, manicure, assistente social e de outros ramos de negócios, custeando suas próprias despesas.

Na região da divisa entre Brasil e Bolívia, o grupo percorre aldeias de povos indígenas levando, além do atendimento assistencial, cestas básicas, roupas, calçados, brinquedos e outros objetos úteis às comunidades. Por isso, desde o início do ano, Paulo e os missionários estão aceitando doações em dinheiro. Parte é para o custeio da viagem que dura quatro dias de ida e volta.

“É mais fácil levarmos menos bagagem no ônibus, ou seja, apenas as nossas, equipamentos e o ganharmos da população. O resto, com a quantia apurada, compramos tudo em Costa Marques ou cidades próximas, como por exemplo, os alimentos em geral. Tentaremos ajuntar mais de 230 cestas básicas, batendo o recorde de anos anteriores”, ressaltou Paulo Roberto.

As 13 pessoas que formam a equipe desde a saída em Passos são: nove estudantes, um médico/professor da Faculdade Atenas, e três dentistas. No ponto inicial dos trabalhos das visitas às aldeias estarão mais dois médicos e um dentista. “Aí é só viagem de barco, domingo e se alimentando em moradias rústicas. A maioria dos locais fica isolado no meio da mata amazônica e beira rios”, afirmou Paulo.

“Se eu pudesse, junto com minha esposa, ficaríamos lá por dois ou mais anos desenvolvendo o nosso trabalho assistencial com muito amor junto àquele povo pobre, todavia, hoje é impossível, porque não tenho condições financeiras para isso. Precisaríamos de patrocínio por tanto tempo nos dedicando aos índios brasileiros e bolivianos 24 anos por dia. É o nosso sonho”, disse o missionário evangélico passense.

“Foi em 2010, através do convite do advogado Milton Pinto de Almeida, que fomos para Costa Marques. Senti que podia fazer muito por centenas de pessoas carentes de tudo. Daí não parei mais. Em 2020/21/22 foi apenas eu e Maria Cristina. Já no ano passado fomos em 16 voluntários. É muito gratificantes”, completou emocionado.